
O papel da mulher na agricultura
No dia 15 de outubro assinala-se, anualmente, o Dia Internacional das Mulheres Rurais. A coincidir com a celebração desta ocasião, a CortevaTM Agriscience, a Divisão de Agricultura da DowDuPontTM, levou a cabo um estudo que se realizou em 17 países, incluindo a Península Ibérica, para destacar a importância das mulheres na agricultura e identificar as barreiras a uma participação plena e bem-sucedida. O estudo comporta os resultados de 4.160 inquiridas que vivem tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento, nos cinco continentes.
As mulheres são a espinha dorsal da vida no mundo rural
Elas lidam em pé de igualdade com as tarefas no campo e na pecuária, cuidam da família e são uma parte ativa na sociedade.
Estas mulheres, que já percorreram um caminho importante na sua formação técnica e específica para as tarefas que levam a cabo, apresentam um perfil que, globalmente e apesar das diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é muito semelhante entre si.
Estão orgulhosas de trabalhar no setor agrícola, mas também ambicionam um maior reconhecimento e consciência social do seu trabalho e das diferenças de género.
Para elas, é vital que a sociedade entenda a importância da conciliação e que, juntamente com o desenvolvimento da vida profissional, coexistam conceitos-chave como a família, a estabilidade financeira e a própria saúde.
Discriminação de género na agricultura é transversal e persistente
É o que revela o referido estudo, sendo esta perceção muito alta na Península Ibérica, onde mais de três quartos das mulheres acreditam que não existem as mesmas oportunidades nem as mesmas possibilidades de tomada de decisão sobre questões fundamentais, como a utilização dos recursos ou benefícios.
Os resultados na Península Ibérica encontram-se equiparados à Índia, com 78% do total das inquiridas referindo a discriminação de género. O mais baixo valor é o dos Estados Unidos, com 52%. Apenas metade das inquiridas afirma ter o mesmo sucesso que seus pares do sexo masculino, com 42% a considerar ter as mesmas oportunidades que os homens e 38% a sentirem-se empoderadas para tomar decisões sobre como investir na agricultura e pecuária.
40% com rendimentos mais baixos que os seus pares masculinos
Quase 40% das inquiridas afirmam ter rendimentos mais baixos que os homens e menos acesso a financiamento. No topo das suas preocupações surgem a estabilidade financeira, o bem-estar de suas famílias e alcançar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Muitas mulheres afirmam que necessitam de mais formação para tirar partido da tecnologia agrícola, que se tornou essencial para o sucesso económico e gestão do meio ambiente. Este desejo de maior formação surge como o fator mais referido entre as respostas quando se trata de eliminar os obstáculos perante a diferenciação de género. Os números excedem significativamente os 50% nos 17 países do estudo, com Brasil, Nigéria, Quénia, México e África do Sul à cabeça.
Necessidade de eliminar obstáculos
A maioria das mulheres vê progressos na igualdade de género, mas 72% afirmam que levará entre uma a três décadas ou mais para atingir a plena igualdade. De acordo com as respostas das inquiridas, cinco ações-chave são identificadas para eliminar os obstáculos à igualdade:
80% Mais formação em tecnologia.
79% Maior formação académica.
76% Mais apoio – legal e de outro tipo – para ajudar as mulheres agricultoras que sofrem discriminação por género.
75% Aumentar a consciencialização pública sobre os sucessos das mulheres na agricultura.
74% Aumentar a consciência social da discriminação de género na agricultura.

TEXTO: CORTEVA AGRISCIENCE, A DIVISÃO DE AGRICULTURA DA DOWDUPONT